O luto é uma resposta natural à perda de um ente querido. Para a maioria das pessoas, os sintomas do luto começam a diminuir com o tempo. No entanto, para algumas pessoas, o sentimento de luto intenso persiste, e os sintomas são graves o suficiente para causar problemas e impedi-los de continuar com suas vidas. A adaptação de uma nova vida após a perda pode ter fases importantes que devem ser reconhecidas: negação, depressão, raiva, e por fim aceitação ou ressignificação, que podem ter um período de tempo para acontecer e cada pessoa podem ter um jeito diferente para vive-lo e senti-la a depender de suas crenças religiosas, hábitos sociais e culturais.
Para um diagnóstico de transtorno de luto prolongado, a perda de um ente querido deve ter ocorrido há pelo menos um ano para adultos e há pelo menos 6 meses para crianças e adolescentes. Além disso, o indivíduo enlutado deve ter experimentado pelo menos três dos sintomas abaixo quase todos os dias pelo menos no último mês anterior ao diagnóstico.
Os sintomas do transtorno de luto prolongado incluem:
- Interrupção de identidade (como sentir que parte de si mesmo morreu).
- Sensação de descrença sobre a morte.
- Evitar lembretes de que a pessoa está morta.
- Dor emocional intensa (como raiva, amargura, tristeza) relacionada à morte.
- Dificuldade com a reintegração (como problemas para se envolver com amigos, buscar interesses, planejar o futuro).
- Dormência emocional (ausência ou redução acentuada da experiência emocional).
- Desesperança/sentimento que a vida não tem sentido
- Solidão intensa (sentir-se sozinho ou desapegado dos outros).
- Insônia, ou hipersônia.
O transtorno de luto prolongado geralmente ocorre junto com outros transtornos mentais, como Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade ou depressão. Problemas de sono também são comuns; estima-se que 80% das pessoas com transtorno de luto prolongado experimentem sono ruim a longo prazo.
