Além do sorriso: a verdadeira face da depressão de alto funcionamento

O termo “depressão de alto funcionamento” ressalta a realidade que muitos indivíduos com depressão enfrentam – passando pelos movimentos de suas vidas diárias, parecendo normais na superfície, enquanto lutam silenciosamente com os sintomas da depressão. Geralmente lutam bravamente para conseguir vencer a semana de trabalho e estudo, e nos fins de semana ou eventos de lazer ou descanso, não sentem energia, vontade ou alegria sem participar, se sentem esgotados. No entanto, é fundamental notar que, embora este termo tenha ganhado destaque em várias plataformas de mídia social e possa estar ajudando a diminuir o estigma da depressão, não é um diagnóstico médico específico.

Todo mundo experimenta uma série de emoções ao longo de dias e semanas, normalmente variando com base em eventos e circunstâncias. Quando desapontados, geralmente nos sentimos tristes. Quando sofremos uma perda, sofremos. Normalmente, esses sentimentos fluem e desaparece. Em contraste, a depressão tende a parecer pesada e constante por pelo 15 dias seguidos. As pessoas que estão depressivas não se sentem aplaudidas ou confortadas ou consoladas, é como se nada importasse, nem coisas boas e nem ruins.

A depressão (transtorno depressivo maior) é um transtorno mental comum e grave que afeta negativamente a forma como você sente, pensa, age e percebe o mundo. Sintomas de depressão, os sintomas podem variar de leves a graves e podem aparecer de forma diferente em cada pessoa. Esses sintomas podem incluir:

  • Sentindo-se triste, irritável, vazio e/ou sem esperança.
  • Perder o interesse ou o prazer em atividades que você já gostou.
  • Uma mudança significativa no apetite (comer muito menos ou mais do que o habitual) e/ou peso (perda ou ganho notável não relacionado à dieta).
  • Dormindo muito pouco ou muito.
  • Diminuição da energia ou aumento do cansaço ou fadiga.
  • Aumento da atividade física sem propósito (por exemplo, incapacidade de ficar parado, andar, torcer as mãos) nas formas atípicas.
  • Sentindo-se inútil ou excessivamente culpado.
  • Dificuldade em pensar ou se concentrar, esquecimento e/ou dificuldade em tomar decisões menores, sensação de lentificaçao do pensamento.
  • Pensamentos de morte, ideação suicida ou tentativas de suicídio.

É importante procurar ajuda com um profissional de saúde assim que você notar mudanças significativas em seu humor, dificuldades em seu trabalho/escola ou vida doméstica, ou se aqueles próximos a você comentaram sobre quaisquer mudanças preocupantes em seu humor, personalidade e/ou comportamento. Sintomas mais graves, como pensamento suicida, exigem atenção imediata.

O tratamento para Depressão é individualizado e pode ser inicialmente em psicoterapia, principalmente em terapia cognitivo comportamental, mudança do estilo de vida com cuidados alimentação saudável, lazer, exercícios físicos diários, e em casos moderados à graves, introdução de medicações que obedeçam protocolos médicos aprovados e acompanhamento multidisciplinar.

Os antidepressivos são medicamentos  que por seu mecanismo de ação podem estabilizar os neurotransmissores cerebrais que podem estar relacionados na perda do bem estar, aumentando a disponibilidade (serotonina- dopamina- noradrenalina, entre outros) e melhora dos sintomas de tristeza, choro, desânimo, angústia, energia, funcionalidade cognitiva em estudos, trabalho e relacionamentos melhora na qualidade do sono. Alguns efeitos indesejados podem acontecer no início da medicação e ou quando a dose do medicamento aumenta, nos primeiros meses de tratamento. Os efeitos colaterais geralmente variam de uma medicação para outra. Os efeitos colaterais  mais comuns incluem boca seca, náuseas, enjoo, dor de cabeça, que podem ser manejados com introdução de doses pequenas e sendo gradativamente aumentadas, para melhor conforto e aderência ao tratamento.

Quando mais rápido for realizado o diagnóstico e realizado o tratamento, menos risco de depressão recorrente ou depressão grave.

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